16 de dezembro de 2008

Ando casada desse blog, dessa tentativa frustrada de fazer algo que não seja apenas um relato melodramático da minha vida, como se eu fosse capaz de criar ficção de qualquer coisa boa que seja ao mesmo tempo prazerosa.
Nasci nessa espécie de bolha-Murphy, tenho todos os motivos do mundo pra ser assim e não quero mais tentar de escusar desse fardo, nem mudar a realidade por um anseio, um lampejo de falsa qualquer coisa.
Ta confuso o texto e eu mais confusa ainda.
O que sei é que assim como esse blog veio a mim como um escape e uma esperança ele vai certamente cumprindo o seu papel, e deixando livre um novo blog, que tentarei manter o mais fiel possível aos meus pensamentos...
Tem muitas pessoas que não gostam de blogs pessoais, onde você escreve um “diário” da tua vida, mas eu acho válido, pois escrevo pra mim a maior parte das vezes, não quero que tenham mil acessos por dia ou algo assim.
Tenho que agradecer a todas as pessoas lindas e queridas que sempre estão aqui lendo e comentando tão sabiamente e que sempre serão bem vindas a qualquer blog meu.
Talvez eu me arrependa e volte a escrever aqui, mas não quero me sentir conectada a isso mais.
Sem mais delongas hehehe, goodbye.

9 de dezembro de 2008

Hehe



Ganhei um prêmio gentiii kk.
Adorei.
Obrigada a Ana querida, meu humilde blog agradece.
Bem, segundo as regras tenho que dar esse prêmio a 15 blogs, porém não acompanho tudo isso haha.
Vou dar aos que eu leio sempre, e que considero os melhores.
Lá vai :

Blog da Jana

Blog da Ana

Céu e Inferno

Muito boas escrivinhadoras essas meninas.

8 de dezembro de 2008

Modernidades.

É totalmente antinatural
Completamente antinatural
Assustadoramente antinatural

É o que eu exageradamente pensava agora mesmo, enquanto passava horas de filme, músicas e vários ebooks pelo pen drive pro computador...
Tenho 21 anos de idade, tinha a fita do Carrossel no meu walkman, o cd do Skank no Diskman, já usei Icq, já usei o Kazaa, já tive blog no tempo que ninguém tinha blog, tenho orkut desde 2004, myspace desde 2005, tenho um mp3 (que já está totalmente ultrapassado e não é substituído por falta de patrocínio), tenho um notebook, celular e todas essas coisinhas tão básicas nas nossas vidas... Ou seja, posso me considerar uma “pessoa modernosa”, e as coisas que facilitam nossa vida vêm tão rápido que nem percebemos... Ticket to ride continua a mesma desde 196 e algo, mas a maneira como escutamos mudou e muito.
Não quero ser anti evolutiva nem nada, mas me assustei hoje, com tudo que estamos fazendo tão rápido, e todas as coisas que antigamente eram raras e hoje comuns graças ao acesso que temos a essas tecnologias.
Pessoas como a minha mãe que não sabem nem ligar um computador estão sumariamente sendo "extintas".
E é estranho pensar que estamos nessa dependência tão forte de algo que nós mesmos criamos para facilitar nossas vidas.

Tem uma frase de um filme que eu gosto muito: “as coisas que você possui, acabam te possuindo, e apenas quando você perde tudo é livre pra fazer tudo.”.

Tem certo sentido meio utópico.

2 de dezembro de 2008

Que chuva boa.
Lembra-me antigas tardes, pão caseiro com margarina, sessão da tarde e desenhos animados na Manchete.
Aqueles dias em que eu não podia sair brincar com a criançada da minha rua, mas que para me manter afastada da cozinha recentemente limpa me entupiam de coisas deliciosas e um chá de hortelã.
Ah... Chuva boa.

24 de novembro de 2008

Dias melhores virão

Creio na minha normalidade... E isso me basta por enquanto. Pra manter uma chama, um sonho de que um dia talvez possa viver num mundo melhor, onde as pessoas consigam ver o óbvio que é a singularidade de cada pessoa, onde cada um consiga, assim como eu faço, e muitas outras pessoas também, ver além da roupa rasgada de um jovem punk e não deduzir que ali tem um drogado sem futuro, que quando ao passar por um negro na rua não apertem a bolsa mais pra perto do corpo, apressando o passo com olhar desconfiado, que ao ver uma pessoa pobre não deduza um vagabundo, e sim entendam que nessa sociedade capitalista imunda, você nascendo assim, pobre e preto, dificilmente conseguirá sair dessa, e não é por má vontade não... Deve-se rever conceitos quando se admite a hipótese de que alguém vá ter um filho com o simples intuito de conseguir 15 reais a mais por mês de bolsa família...
Falando em pobre e preto...
Quando você nasce preto e pobre, há uma multidão de adjetivos pejorativos, anos de má propaganda e tradições que servem apenas para reforçar a raiva que o mundo tem de você. E você não entende o porquê... Porque pra quem é criança e preto, olha pras próprias mãos, marronzinhas e pequenas, aquilo é só pele, aquilo não te define nem te completa... É só pele..
E com o tempo o ser humano cansa.. Cansa de ser vilipendiado e descartado como lixo, como algo que está ali só pra causar prejuízo, e se qualquer jovenzinho classe média tenta se matar porque não tem o Nike do momento, assim como muitas pessoas entram em depressão por terminar um namoro... Assim como um ser humano normal o preto e pobre, tantas vezes chamado de vadio, de macaco, de vagabundo, sofre e desse sofrimento vem à revolta, e nessa revolta e ele começa a justificar todos os anos de xingamentos. Se convence que já que é esse o único papel que lhe cabe nesse circo maldito, deve representá-lo bem. E ai já viu...
Quando chega a idade adulta, já com a cabeça formada de maneira que se sente um lixo, animal, macaco, menor que qualquer outra pessoa, e não raro com comportamento violento e revoltado, simplesmente da merda... Da merda mesmo, pois não se endireita uma pessoa que passou a vida doutrinada a ser um lixo.
Eu particularmente não tenho preconceitos, apenas conceitos.
Não gosto de pessoas presunçosas, não gosto de pessoas que não tem respeito, nem de pessoas preconceituosas..
Com os anos aprendi a me proteger de racistas ocasionais, desenvolvendo um sensor pra esse tipo de gente... No olhar já vejo e evito o que posso perder meu tempo com uma pessoa assim.
Agora temos um presidente negro nos pais mais poderoso do mundo, e pela primeira vez em muito tempo eu sinto que todos os negros do mundo, mais do que nunca, se sentem com um pouco mais de esperança, de que talvez um dia cada um seja não mais preto, e sim humano.

20 de novembro de 2008

Sobre querer

Queria tanto ter o poder de te fazer ver o quanto eu quero você aqui.
Essa impotência me cansa, a espera e as tentativas todas me deixam tão cansada...
Eu não tenho tanto tempo assim, nem essa tua capacidade quase fria de não demonstrar o que sente.
Sempre foi assim, o indiferente.
E eu sempre fui a honesta, a corajosa, a analítica...
Sempre coube a você o fácil papel de garoto afetado quebrador de corações
E sempre coube a mim ser a que entende, a que enfrenta as paredes ásperas do teu ego sofrido, do teu medo e da tua incerteza.
Eu daria tudo só pra ter uma chance de entender completamente o que se passa na tua cabeça.
Mas ando tão cansada sabe, de correr em círculos, de pintar de branco tuas paredes em ruínas tentando invariavelmente sem sucesso fazer parecer aceitável teu ser incompleto.
Tenho que parar com essa mania de fazer os outros felizes.
Preciso parar de amar. Você.

13 de novembro de 2008

Saber ser indiferente ao que é ruim e o que é bom
Conseguir deixar ir e saber manter.
Sentir e sentir e sentir
Sorte e sorte e sorte
O que é nosso de verdade não vai embora, nem vacila diante das adversidades ,
Muito menos ignora a verdadeira essência do que somos.
Se não amar alguém pela sua verdade então pelo que amar?
É um longo caminho, a vida, pra viver só.
Ou viver com medo
Não existe nem agora nem nunca uma força capaz de incapacitar nossos delírios de maneira que até mesmo as mais simples poesias se transformem nesse emaranhado denso e perigoso chamado imaginação.
É preciso banhar-se na loucura tanto quanto manter a sanidade... Como andar em um muro ou se equilibrar sobre o cavalo... Na vida é preciso muito mais q simples desejo de viver
Ela te cobra tudo, e tudo é o que ela te leva a fazer para conseguir apenas vislumbrar todas essas coisas que caem sobre nossas cabeças todo dia, mas não parecemos capazes de alcançar: amor, confiança, fé, paz, harmonia... E todas aquelas palavras que as velas de 1,99 prometem trazer.
Se fosse fácil assim.
Não é.
Tudo isso advém de muito esforço e sorte.
Tem muitas coisas na minha mente o tempo todo.
Não tenho certeza de que ainda mantenho uma conexão estável com pensamentos racionais, pois tudo parece demasiadamente confuso...