14 de agosto de 2008

Sickness

Anestesiei minha alma, assim não sofro mais por quem não quer meu sofrimento.
Cortei com o bisturi as dores e as preocupações, sai do msn por um dia, sai do orkut por um dia, não quis falar com ninguém por um dia.
Abri meu coração ferido com delicadeza, extrai de lá o ultimo resquício de esperança pra mim, aquele que eu tinha guardado tão fundo, que ignorei por tanto tempo, que estava novamente se mostrando, e como um câncer me consumindo.
Arranquei-o de mim com um golpe de razão.
Costurei de volta alguns pedacinhos de felicidade e amor, que são os amigos que tenho e que amo, razão pela qual ainda estou aqui.
Cirurgia bem sucedida joguei aquele amor antigo pela janela, assisti a queda, o vi acabar em dor fitando-me morrendo com um sorriso sarcástico.
Voltei pra minha cama, repouso absoluto, sem msn, sem orkut, sem nada que me lembre aquela doença silenciosa que se manifestou assim, tão derrepente.
Me sinto como qualquer um em um quarto de hospital, a cama é dura demais, o travesseiro macio demais, a comida não tem gosto e todos te visitam com semblante de bom samaritano, perguntam como você está, desejam melhoras e te me deixam novamente sozinha. Me sinto só.
Entro no msn, entro no orkut...
Vejo você, e toda a esperança renasce no meu peito, com seu sorriso sarcástico, vencendo despudoradamente todas minhas barreiras.
Não me resta nada a não ser aceitar essa doença, que me consome, que me limita, e que mesmo assim é o que me trás a sensação de existir.

2 comentários:

Jana Lauxen disse...

Nossa Stê, muito, muito, muito bom.
Teus textos transbordam sinceridade.

Ah! E achei uma graça teu comentário sobre meu pai. Quando eu ver ele, domingo, vou mostrar.
Ele certamente vai amar.

Um beijo menina querida.

Leonardo Gueiros disse...

Do abismo ao paraíso; do paraíso ao abismo... rs. Interessante.


Beijo. =*