8 de dezembro de 2008

Modernidades.

É totalmente antinatural
Completamente antinatural
Assustadoramente antinatural

É o que eu exageradamente pensava agora mesmo, enquanto passava horas de filme, músicas e vários ebooks pelo pen drive pro computador...
Tenho 21 anos de idade, tinha a fita do Carrossel no meu walkman, o cd do Skank no Diskman, já usei Icq, já usei o Kazaa, já tive blog no tempo que ninguém tinha blog, tenho orkut desde 2004, myspace desde 2005, tenho um mp3 (que já está totalmente ultrapassado e não é substituído por falta de patrocínio), tenho um notebook, celular e todas essas coisinhas tão básicas nas nossas vidas... Ou seja, posso me considerar uma “pessoa modernosa”, e as coisas que facilitam nossa vida vêm tão rápido que nem percebemos... Ticket to ride continua a mesma desde 196 e algo, mas a maneira como escutamos mudou e muito.
Não quero ser anti evolutiva nem nada, mas me assustei hoje, com tudo que estamos fazendo tão rápido, e todas as coisas que antigamente eram raras e hoje comuns graças ao acesso que temos a essas tecnologias.
Pessoas como a minha mãe que não sabem nem ligar um computador estão sumariamente sendo "extintas".
E é estranho pensar que estamos nessa dependência tão forte de algo que nós mesmos criamos para facilitar nossas vidas.

Tem uma frase de um filme que eu gosto muito: “as coisas que você possui, acabam te possuindo, e apenas quando você perde tudo é livre pra fazer tudo.”.

Tem certo sentido meio utópico.

4 comentários:

Jana Lauxen disse...

Sabe que já me vi vivendo a mesma aflição?
Livres?
Nós?
Não mesmo.
Acomodados sim, no meio de um bando de geringonças que facilitam nossa vida até na hora de descascar uma cebola.
Me oprime, mas eu gosto.

Beijo Stê!

Anônimo disse...

Esse texto mede, em termos, a falta de liberdade do ser humano. Dependemos demais das coisas que nós mesmos descobrimos.
Veja, Stê: imagine o planeta terra uma semana SEM LUZ.
Nem estou falando de uma cidade sem luz, porque aí tu vai ali na cidade vizinha e resolve as urgências. Eu falo do planeta inteiro sem luz, durante uma semana.
Caos total e, em muitos setores, fatal.
Não deveria ser assim, mas é.
O serviço bancário é todo ele atrãvés de máquinas. Até as caixas, que já fazem quase nada ali, sentadas, olham para você e dizem: o sistema está fora. Ou seja, até a titica que faziam fica prejudicada pelo sistema, que foi dar uma passeada.
É bom nem pensar muito na nossa dependência de tudo.
beijos

Gustavo Zartal disse...

''As pessoas são feitas pra serem amadas, e as coisas para serem usadas... Então por que usamos as pessoas e amamos as coisas?'' Li isso em algum lugar e não esqueci mais. É interessante e ao mesmo tempo causa uma certa aflição e até mesmo culpa, pelo menos em mim, pois acabo cometendo esse tipo de erro. Acho que devemos usufrir dessas ''maravilhas modernas'', mas sem esquecer das coisas boas e simples da vida.

Mas quanto a mães que não sabem nem ligar um computador: A minha também faz parte deste seleto grupo, hehe!

Beijo!

Cami disse...

Falando em modernidades, esses dias vi no ônibus um cara com um walkman, quando ele deu o stop na fita cassete eu me assustei.
Caraca, esse já era jurássico. Esse pegou pesado. VHS tudo bem mas, fita cassete já é pesado. Hehehehehehe

Adorei teu blog viu! Vou linkar, moça!

Bjão!