7 de setembro de 2008

Sem disposição para títulos.

Todos vão morrer um dia, apesar de sabermos disso e de ser essa a única certeza absoluta que temos, não temos realmente entendimento de que talvez amanhã não estejamos aqui, aquele trabalho de direito penal não servirá pra nada, o amor platônico não vivido por medo não poderá mais acontecer, aquele beijo sonhado não se realizará mais, e o emprego depois da formatura se não haverá formatura...
É fato, e cruel, que seja um dos maiores medos nossa maior certeza, que tudo que fazemos na vida são planejamentos futuros quando não temos certeza nem do próximo segundo. Algo me diz que estamos fazendo tudo errado.
Algo me diz que essa incerteza do futuro deveria nos impulsionar a viver intensamente tudo que podemos, ao invés de nos amedrontar com exames preventivos e doenças mentais imaginárias.
Mas o que sei eu sobre a vida? Tenho ainda um resquício de sentimentalismo infantilóide, aquela sensação de que posso salvar o mundo das cáries, da fome, da miséria, da desigualdade social, mental, do especismo, do racismo, do sexismo... Quando na verdade tudo que sei fazer é brincar de super heroína.
Ghandi diz que devemos ser a mudança que queremos ver no mundo, e eu penso que esta sim, é uma lição a ser seguida, vivida e aplicada, deixemos o futuro pra depois.

3 comentários:

Jana Lauxen disse...

Grande Stê!

É bem por aí.
:)

Leonardo Gueiros disse...

"And life carries on", já bem dizia Daniel Pinho, músico que há muito me maravilha.

O que deixa, de certa forma, nossas vidas interessantes são as surpresas que ela nos proporciona. :]


Beijo. =*

Carlos disse...

Grande texto. Adorei seu blog.