29 de outubro de 2008

Sentimental

Ouvindo a música Sentimental do Los Hermanos... Penso em como essa sentimentalidade origina não apenas fatos isolados de insônia mergulhada em quilos de pensamentos angustiados como semanas, meses e anos de algumas pessoas, que passam a vida amando platonicamente um ser que nem se quer sabe de sua existência...
E isso é triste pra caralho.
Digo por que eu já senti essa paixão platônica e não é legal, pois se sofre um bocado pensando na pessoa, sendo realista e vendo que ela nem ao menos sabe o seu nome, após isso entregue a toda a essência da platonice consegue até visualizar a rotina do casal, e toda aquela coisa idealizada e linda que deixa qualquer um em estado de transe, pra novamente aterrisar ao solo e voltar ao realismo desanimador.
É um nojo esse sentimento, e depois de sofrer muito e se livrar dele de alguma forma, o que não é nem um pouco fácil, eis que você sente novamente aquela coisinha voltando pra mais uma vez devastar seu sofrido recém curado sentimento com mais uma rajada mortal de ilusões.
As pessoas que vemos por ai resignadas de amar errado, solitárias e vazias devem ter passado maus bocados nas mãos de quem não queria esse amor e sem paciência ou sem consideração repetidas vezes machucou e feriu.
E se for isso? E se como em tudo também no amor não temos certeza, será justo querer entregar para alguém nossa fé, nosso sonho, esperanças e alegrias para depois de anos acreditando em tudo aquilo receber uma mentira? Apenas isso.. uma ilusão....

3 comentários:

Anônimo disse...

Amor platônico é uma roubada. E os romanticos costumam cair nessa.
É que romantismo também não acrescenta muito.
Mas aí vem a pergunta: e como sair dessas?
Bá.
Só com o tempo, Stê.
Na medida em que tu vais vendo coisas e mais coisas por esse mundo afora, acontecendo, pouco a pouco os sentimentos começam a encontrar um lugar mais concreto, os valores com que vamos atijolando nossa personalidade ajeitam cada coisa em seu devido lugar, com pesos mais justos, e então as dores tais como essas, passam a esmorecer, até que somem.
beijos

Anônimo disse...

Deixo para você este texto, postado por Flávia Brito em seu blogue " Sabe de uma coisa?", em 28/10/2008:
Por isso eu te digo, Ana: não liga pra esse riso que perdeu a cor. Olha à tua volta: quantas cores vês? Apanha a mais bonita, Ana, e dela enfeita teu rosto. Dor de amor descolorido é moléstia sem corpo, que espreita quieta até arrumar quem dela se apiede e lhe dê de comer e de beber. É lhe negar pouso, Ana, que uma hora ela cansa.
Seca as tuas lágrimas, Ana. E caminha sem pressa, que a estrada é longa.

O blogue da Flávia tu encontras nos recomendados da Jana. Dá uma passadinha por lá, e leia outros textos dela. São todos ótimos.
um grande beijo

Jana Lauxen disse...

Aí é que tá, garouta: não podemos entregar tudo, senão ficaremos sempre sem nada.
O amor é troca; se não recebemos nada de volta, então não pode ser.

Acredite: isso também passa.
Beijoca
:)