16 de dezembro de 2008

Ando casada desse blog, dessa tentativa frustrada de fazer algo que não seja apenas um relato melodramático da minha vida, como se eu fosse capaz de criar ficção de qualquer coisa boa que seja ao mesmo tempo prazerosa.
Nasci nessa espécie de bolha-Murphy, tenho todos os motivos do mundo pra ser assim e não quero mais tentar de escusar desse fardo, nem mudar a realidade por um anseio, um lampejo de falsa qualquer coisa.
Ta confuso o texto e eu mais confusa ainda.
O que sei é que assim como esse blog veio a mim como um escape e uma esperança ele vai certamente cumprindo o seu papel, e deixando livre um novo blog, que tentarei manter o mais fiel possível aos meus pensamentos...
Tem muitas pessoas que não gostam de blogs pessoais, onde você escreve um “diário” da tua vida, mas eu acho válido, pois escrevo pra mim a maior parte das vezes, não quero que tenham mil acessos por dia ou algo assim.
Tenho que agradecer a todas as pessoas lindas e queridas que sempre estão aqui lendo e comentando tão sabiamente e que sempre serão bem vindas a qualquer blog meu.
Talvez eu me arrependa e volte a escrever aqui, mas não quero me sentir conectada a isso mais.
Sem mais delongas hehehe, goodbye.

9 de dezembro de 2008

Hehe



Ganhei um prêmio gentiii kk.
Adorei.
Obrigada a Ana querida, meu humilde blog agradece.
Bem, segundo as regras tenho que dar esse prêmio a 15 blogs, porém não acompanho tudo isso haha.
Vou dar aos que eu leio sempre, e que considero os melhores.
Lá vai :

Blog da Jana

Blog da Ana

Céu e Inferno

Muito boas escrivinhadoras essas meninas.

8 de dezembro de 2008

Modernidades.

É totalmente antinatural
Completamente antinatural
Assustadoramente antinatural

É o que eu exageradamente pensava agora mesmo, enquanto passava horas de filme, músicas e vários ebooks pelo pen drive pro computador...
Tenho 21 anos de idade, tinha a fita do Carrossel no meu walkman, o cd do Skank no Diskman, já usei Icq, já usei o Kazaa, já tive blog no tempo que ninguém tinha blog, tenho orkut desde 2004, myspace desde 2005, tenho um mp3 (que já está totalmente ultrapassado e não é substituído por falta de patrocínio), tenho um notebook, celular e todas essas coisinhas tão básicas nas nossas vidas... Ou seja, posso me considerar uma “pessoa modernosa”, e as coisas que facilitam nossa vida vêm tão rápido que nem percebemos... Ticket to ride continua a mesma desde 196 e algo, mas a maneira como escutamos mudou e muito.
Não quero ser anti evolutiva nem nada, mas me assustei hoje, com tudo que estamos fazendo tão rápido, e todas as coisas que antigamente eram raras e hoje comuns graças ao acesso que temos a essas tecnologias.
Pessoas como a minha mãe que não sabem nem ligar um computador estão sumariamente sendo "extintas".
E é estranho pensar que estamos nessa dependência tão forte de algo que nós mesmos criamos para facilitar nossas vidas.

Tem uma frase de um filme que eu gosto muito: “as coisas que você possui, acabam te possuindo, e apenas quando você perde tudo é livre pra fazer tudo.”.

Tem certo sentido meio utópico.

2 de dezembro de 2008

Que chuva boa.
Lembra-me antigas tardes, pão caseiro com margarina, sessão da tarde e desenhos animados na Manchete.
Aqueles dias em que eu não podia sair brincar com a criançada da minha rua, mas que para me manter afastada da cozinha recentemente limpa me entupiam de coisas deliciosas e um chá de hortelã.
Ah... Chuva boa.

24 de novembro de 2008

Dias melhores virão

Creio na minha normalidade... E isso me basta por enquanto. Pra manter uma chama, um sonho de que um dia talvez possa viver num mundo melhor, onde as pessoas consigam ver o óbvio que é a singularidade de cada pessoa, onde cada um consiga, assim como eu faço, e muitas outras pessoas também, ver além da roupa rasgada de um jovem punk e não deduzir que ali tem um drogado sem futuro, que quando ao passar por um negro na rua não apertem a bolsa mais pra perto do corpo, apressando o passo com olhar desconfiado, que ao ver uma pessoa pobre não deduza um vagabundo, e sim entendam que nessa sociedade capitalista imunda, você nascendo assim, pobre e preto, dificilmente conseguirá sair dessa, e não é por má vontade não... Deve-se rever conceitos quando se admite a hipótese de que alguém vá ter um filho com o simples intuito de conseguir 15 reais a mais por mês de bolsa família...
Falando em pobre e preto...
Quando você nasce preto e pobre, há uma multidão de adjetivos pejorativos, anos de má propaganda e tradições que servem apenas para reforçar a raiva que o mundo tem de você. E você não entende o porquê... Porque pra quem é criança e preto, olha pras próprias mãos, marronzinhas e pequenas, aquilo é só pele, aquilo não te define nem te completa... É só pele..
E com o tempo o ser humano cansa.. Cansa de ser vilipendiado e descartado como lixo, como algo que está ali só pra causar prejuízo, e se qualquer jovenzinho classe média tenta se matar porque não tem o Nike do momento, assim como muitas pessoas entram em depressão por terminar um namoro... Assim como um ser humano normal o preto e pobre, tantas vezes chamado de vadio, de macaco, de vagabundo, sofre e desse sofrimento vem à revolta, e nessa revolta e ele começa a justificar todos os anos de xingamentos. Se convence que já que é esse o único papel que lhe cabe nesse circo maldito, deve representá-lo bem. E ai já viu...
Quando chega a idade adulta, já com a cabeça formada de maneira que se sente um lixo, animal, macaco, menor que qualquer outra pessoa, e não raro com comportamento violento e revoltado, simplesmente da merda... Da merda mesmo, pois não se endireita uma pessoa que passou a vida doutrinada a ser um lixo.
Eu particularmente não tenho preconceitos, apenas conceitos.
Não gosto de pessoas presunçosas, não gosto de pessoas que não tem respeito, nem de pessoas preconceituosas..
Com os anos aprendi a me proteger de racistas ocasionais, desenvolvendo um sensor pra esse tipo de gente... No olhar já vejo e evito o que posso perder meu tempo com uma pessoa assim.
Agora temos um presidente negro nos pais mais poderoso do mundo, e pela primeira vez em muito tempo eu sinto que todos os negros do mundo, mais do que nunca, se sentem com um pouco mais de esperança, de que talvez um dia cada um seja não mais preto, e sim humano.

20 de novembro de 2008

Sobre querer

Queria tanto ter o poder de te fazer ver o quanto eu quero você aqui.
Essa impotência me cansa, a espera e as tentativas todas me deixam tão cansada...
Eu não tenho tanto tempo assim, nem essa tua capacidade quase fria de não demonstrar o que sente.
Sempre foi assim, o indiferente.
E eu sempre fui a honesta, a corajosa, a analítica...
Sempre coube a você o fácil papel de garoto afetado quebrador de corações
E sempre coube a mim ser a que entende, a que enfrenta as paredes ásperas do teu ego sofrido, do teu medo e da tua incerteza.
Eu daria tudo só pra ter uma chance de entender completamente o que se passa na tua cabeça.
Mas ando tão cansada sabe, de correr em círculos, de pintar de branco tuas paredes em ruínas tentando invariavelmente sem sucesso fazer parecer aceitável teu ser incompleto.
Tenho que parar com essa mania de fazer os outros felizes.
Preciso parar de amar. Você.

13 de novembro de 2008

Saber ser indiferente ao que é ruim e o que é bom
Conseguir deixar ir e saber manter.
Sentir e sentir e sentir
Sorte e sorte e sorte
O que é nosso de verdade não vai embora, nem vacila diante das adversidades ,
Muito menos ignora a verdadeira essência do que somos.
Se não amar alguém pela sua verdade então pelo que amar?
É um longo caminho, a vida, pra viver só.
Ou viver com medo
Não existe nem agora nem nunca uma força capaz de incapacitar nossos delírios de maneira que até mesmo as mais simples poesias se transformem nesse emaranhado denso e perigoso chamado imaginação.
É preciso banhar-se na loucura tanto quanto manter a sanidade... Como andar em um muro ou se equilibrar sobre o cavalo... Na vida é preciso muito mais q simples desejo de viver
Ela te cobra tudo, e tudo é o que ela te leva a fazer para conseguir apenas vislumbrar todas essas coisas que caem sobre nossas cabeças todo dia, mas não parecemos capazes de alcançar: amor, confiança, fé, paz, harmonia... E todas aquelas palavras que as velas de 1,99 prometem trazer.
Se fosse fácil assim.
Não é.
Tudo isso advém de muito esforço e sorte.
Tem muitas coisas na minha mente o tempo todo.
Não tenho certeza de que ainda mantenho uma conexão estável com pensamentos racionais, pois tudo parece demasiadamente confuso...

1 de novembro de 2008

É o tempo
No acaso que encontro
Tua pintura refletindo
O rosto de outra flor
Que não a minha
Como pode
Meus sonhos em ti depositei
E hoje essa pérola que é teu amor
Enfeita outro colo que não o meu
Me diz se não acreditar
No que meu corpo pede mais
Que é teu amor junto a mim
Em que então ?
Já não me vejo em outro amanhã
Que não o teu...
Já não posso conceber outro nome
Que não o teu...
E mesmo assim
Nesse sentimento unilateral
Me afogo em meus solitários devaneios
Enquanto pousas tua virtude naqueles olhos
Que não meus...

29 de outubro de 2008

Sentimental

Ouvindo a música Sentimental do Los Hermanos... Penso em como essa sentimentalidade origina não apenas fatos isolados de insônia mergulhada em quilos de pensamentos angustiados como semanas, meses e anos de algumas pessoas, que passam a vida amando platonicamente um ser que nem se quer sabe de sua existência...
E isso é triste pra caralho.
Digo por que eu já senti essa paixão platônica e não é legal, pois se sofre um bocado pensando na pessoa, sendo realista e vendo que ela nem ao menos sabe o seu nome, após isso entregue a toda a essência da platonice consegue até visualizar a rotina do casal, e toda aquela coisa idealizada e linda que deixa qualquer um em estado de transe, pra novamente aterrisar ao solo e voltar ao realismo desanimador.
É um nojo esse sentimento, e depois de sofrer muito e se livrar dele de alguma forma, o que não é nem um pouco fácil, eis que você sente novamente aquela coisinha voltando pra mais uma vez devastar seu sofrido recém curado sentimento com mais uma rajada mortal de ilusões.
As pessoas que vemos por ai resignadas de amar errado, solitárias e vazias devem ter passado maus bocados nas mãos de quem não queria esse amor e sem paciência ou sem consideração repetidas vezes machucou e feriu.
E se for isso? E se como em tudo também no amor não temos certeza, será justo querer entregar para alguém nossa fé, nosso sonho, esperanças e alegrias para depois de anos acreditando em tudo aquilo receber uma mentira? Apenas isso.. uma ilusão....

20 de outubro de 2008

O vento - Los Hermanos


Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?
... Vou pensar.

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mais
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!
Uh... Se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem então
o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.
Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... Ah!!!

15 de outubro de 2008

Escrever é uma entrega tão completa que capaz de forçar os sentidos a vivenciar coisas irreais.
Eu não sou uma Clarice, nem um Dostoievski da vida, nem perto.
De fato, perco até pro Paulo Coelho, mas não sou profissional, apenas escrevo aqui o que eu sinto, o que gosto, simplesmente por gostar e para daqui uns anos poder ler aqui essas sentimentalidades todas e pensar em como eu reclamava da vida sem motivos, e toda a baboseira que a gente sempre pensa anos depois de passar por sofrimentos existenciais.
Mas nada muda o fato de eu amar escrever quase tanto quanto ler. Se eu pudesse passaria a vida lendo, tomando café e escrevendo minhas coisinhas.
Vida simples mente elevada.
Estranha essa minha relação com o direito. A maior parte dos meus colegas tem sérias pretensões salariais, mesmo os que não explicitam isso demonstram que estão ali não por amor ao direito, mas em busca de uma forma convencional, até tradicional de ganhar uma graninha boa. Mesmo sabendo que o mercado esta abarrotado de advogados e que mal e mal conseguimos estágios não remunerados, lá estamos, todas as noites, pagando uma fortuna, 5 anos de nossas vidas, pra depois ainda ter que passar na maldita oab.
Ai sim podemos começar a nos preocupar. Vamos ser mais um em milhares de advogados recém formados que são jogados no mercado todos os dias.
“O mercado seleciona...” Frase mais manjada de todos, até uma espécie de mantra dos estudantes... Até ai tranqüilo, mas o negócio é o seguinte... E se nós não formos os escolhidos?
Eu, por outro lado, venho abstraindo desse negócio de advogar, concursos, carreiras, e analisando a possibilidade de ser professora.
De penal, obviamente... A única razão de eu ter me metido nessa folia.
Talvez filosofia do direito também, embora eu ache que a matéria seja um pé no saco por ser introdutória e os alunos ávidos pra ter direito civil e penal (assim como eu estava), olharem pro professor demonstrando toda a insatisfação por estar ali, acho uma matéria muito legal.
A filosofia de certa maneira esta intimamente ligada ao direito por essencialmente humana, assim como está ligada a tudo em nossas vidas.
Imagine se eu for capaz de dar aula de Penal à noite, chegar em casa, ler e ficar fazendo qualquer coisa que eu queria a noite toda, depois dormir o dia todo.
Ah... Que delícia.

14 de outubro de 2008



Just because you feel it
Doesn't mean it´s there...
Radiohead.


É... Thom Yorke sabe das coisas.

13 de outubro de 2008

Aniversário


Hoje é meu aniversário, 21 anos.
Há tempos pra mim não é uma data festiva, comemorativa ou qualquer coisa do gênero, mas pela primeira vez creio que as outras pessoas compartilham do meu desencanto.
Venho vivendo cada dia assim e hoje não é diferente.
Olho pra trás e vejo o quanto eu mudei, o quanto já vivi, como o que costumava ser importante hoje não é mais e coisas que nunca dei valor fazem falta.
Cada memória tem um lugar no coração, cada coisa seu “preço” e nem sempre é justo.
Deve ser assim que sabemos quando finalmente somos adultos, não pelo lado prático da coisa, mas aquele realismo duro e objetivo que um adolescente cheio de planos não consegue ter.
Simplesmente um dia a mais, sem comemorações, alguns telefonemas, algumas congratulações, sem bolo, sem pizza, sem bebidas nem cachorro quente na Vó Nina.
Sem sorrisos e sem sentimentos.
É... ser adulto é uma merda.

8 de outubro de 2008

Agradecimentos emocionados.

Nossaaaaaaaaaa
Nem acredito nisso!!!
To emocionada com os comentários da Tia Eliane. Muita saudade dela, e que comentários lindos. Melhores comentários que meus textos.
Que pessoa maravilhosa ela.
Orgulho de ter uma "tia" como ela. Pq considero minha tia msm, e uma "prima" como a Jana. Pessoas tão incríveis e inteligentes.
Amo vocês!!!!
Entra e sai
Entra e sai
Em ti me perco
E me encontro
E me perco novamente

Como pode tão doce sentimento
Brotar de tão mórbido pensamento
Nem manhã, nem madrugada
Apenas frio e escuridão

Volta amor
Senta ali
Não parta antes de encontrar
A razão de estar aqui

Deixe estar esse amor
Num cantinho do peito
Como um doce quentinho
Como uma tarde florida
Esse exato momento.

3 de outubro de 2008

Gabe

Então eu disse pra ela, quase chorando, com uma dor escancarada no peito:

- Eu achava que isso era desejo, agora vejo que é amor.

E ali fiquei enquanto ela me encarava com aqueles grandes olhos que sempre me davam medo.

- Amor é uma palavra muito forte, ela disse.

-É a palavra certa, a única palavra. Repliquei, já percebendo a derrota iminente.

-Se a palavra é certa então sou a pessoa errada.

E assim terminou, assim, sem mais nem menos, naquela calçada suja, no meio de todas as pessoas que passavam por ali sem perceber meu coração sangrando por ela, aquele relacionamento moralmente incorreto perante todas pessoas moralmente incorretas.
E naquela hora ela sorriu, e então me beijou. Não sei se por pena, por afeto, por pura vontade. E vivi.

26 de setembro de 2008

Viajando

De-me uma nova vida, nova face, novo humor.
Mude minha vista, minha sombra, meu sotaque.
Faça cair do meu queixo espessa barba
Tire minhas ânsias, compre minha fidelidade com promessas a longo prazo.
Não tente contrariar o céu, pois a chuva não se curva.
Sente-se comigo na grama, mas não tente entender as nuvens.
Caia no esquecimento e renasça em ouro e prata
Treine tiro faça amor
Limpe os ouvidos, dirija com cuidado.
Saia da frente, grampeie minha alma.
Seja negro, seja ariano.
Seja virgem e escorpiano
Seja leão e unicórnio
Seja valete e paus meu amor
Contente-se com o que a vida é
Pois isso nada mais é que vida
Florestas e vales, asfalto e cachoeira.
Dance, dance criança.
Sorria, sorria meu bem.
Deixe-me ir e não voltar.
Permanece igual
Nada que vai, volta da mesma maneira.
Faça-me ir com promessas tolas
Deixe-me iludi-lo com minhas promessas tolas
Dê voluptosa barba, grande força.
Faça amor faça torta.
Corte a pizza, estoure o balão.

25 de setembro de 2008

Hum

Claro que eu sou uma pessoa tendencialmente pessimista, mas tenho, como todas as pessoas tendencialmente pessimistas minha lista de motivos e provas irrefutáveis de que não sou assim a toa, afinal alguém em algum lugar no confuso e denso passado que faço questão de não comentar me magoou tanto e de tantas maneiras diferentes que não poderia ser culpada por desconfiar de cada partícula ao meu redor como se tudo que existe no mundo, apenas existisse com o propósito de aniquilar a minha digníssima pessoa de maneira fria e objetiva.
Mas as vezes eu penso nisso e vejo que não tem nada a ver. Que a verdade é que sou uma pessoa aparentemente forte e talvez até insensível, o que me ajuda muito, pois a verdadeira Stê é tão sensível que tem medo que as pessoas vejam isso, que ela não é a garotinha que ta sempre ali com seus conceitos estruturados e opiniões formadas a base de muita racionalidade, que tem mais amigos que amigas, que não demonstra qualquer reação tipicamente "feminina" diante de ninguém.
Isso ai, esta sou eu, pelo menos o que tento ser o tempo todo.
Problemas amorosos? A Stê tem a resposta objetiva pra você, aquela que tu não quer ouvir mas que é exatamente o que precisa.
Problemas pra entender o mundo? A Stê vai te dar uma explicação tão racionalizada de todas as coisas ao teu redor que você vai ver que tua duvida não é nada perto de todas as questões intermináveis que nos envolvem e que ela DDA passa tempo involuntário questionando.
Mas o que ela queria mesmo era que alguém entendesse ela como ela entende os outros, alguém que também pudesse ver objetivamente pelos problemas que ela tem e desse uma resposta objetiva. Que alguém fosse mais louco que ela e tivesse resposta pros questionamentos que ela tem.
Alguém pra falar definitivamente porque ela faz as coisas que faz, se não ninguém fazendo, porque ela quer tanto uma coisa e quando tem não quer mais.
Alguém que conseguisse ver e dizer, porque diabos ela quer tanto as coisas que ela não pode ter, e porque ela não pode ter essas coisas...
E porque ela ainda perde tempo pensando nisso...

16 de setembro de 2008

Relato

Vou contar uma coisa muito estranha que aconteceu comigo de madrugada.
Estava eu, no meu confortável sofá-cama novo, lendo entrevista com o vampiro antes de dormir, quando simplesmente parei de respirar... Não sei o motivo, puxava o ar com toda a minha força mas ele não vinha, sufocava lentamente pensando em todas as coisas que não fiz, pensando principalmente no meu namorado, que tantas vezes me falou nos momentos de raiva, quando consigo ser a pessoa mais insensível do mundo, que no dia que ele morrer não adianta ir lá ver ele, que devemos dar valor, amor, carinho pras pessoas enquanto elas estão vivas, aqui pra sentir esse amor. E pensando nisso, nos segundo que tive certeza que morreria, percebi que fui tão feliz com ele, que a única coisa que eu queria era poder dar um beijo de despedida e um abraço forte antes de partir. Foi algo tão intenso que quando o ar voltou o sono foi definitivamente expurgado do meu corpo, dando lugar a um sentimento estranho de culpa por tudo que andei fazendo de errado pra quem não merecia senão todo meu amor e dedicação, e aquela sensação de segunda chance, que te deixa ao mesmo tempo feliz e compenetrada na missão de ser uma pessoa diferente.
O que causou esse estranho fato não sei, nunca tive asma, nunca tinha acontecido.
Serviu pra me mostrar que o controle das coisas não está nas minhas indefinidas e pretensiosas mãozinhas, e que o valor das coisas realmente nos é mostrado quando temos a sensação de que nunca mais vamos te-las.
Bem hoje passei o dia todo tramando mimos pra ele, pensando em como vou fazer pra aproveitar todo o tempo que tiver com a pessoa que é, sem duvida, a mais importante.

7 de setembro de 2008

Sem disposição para títulos.

Todos vão morrer um dia, apesar de sabermos disso e de ser essa a única certeza absoluta que temos, não temos realmente entendimento de que talvez amanhã não estejamos aqui, aquele trabalho de direito penal não servirá pra nada, o amor platônico não vivido por medo não poderá mais acontecer, aquele beijo sonhado não se realizará mais, e o emprego depois da formatura se não haverá formatura...
É fato, e cruel, que seja um dos maiores medos nossa maior certeza, que tudo que fazemos na vida são planejamentos futuros quando não temos certeza nem do próximo segundo. Algo me diz que estamos fazendo tudo errado.
Algo me diz que essa incerteza do futuro deveria nos impulsionar a viver intensamente tudo que podemos, ao invés de nos amedrontar com exames preventivos e doenças mentais imaginárias.
Mas o que sei eu sobre a vida? Tenho ainda um resquício de sentimentalismo infantilóide, aquela sensação de que posso salvar o mundo das cáries, da fome, da miséria, da desigualdade social, mental, do especismo, do racismo, do sexismo... Quando na verdade tudo que sei fazer é brincar de super heroína.
Ghandi diz que devemos ser a mudança que queremos ver no mundo, e eu penso que esta sim, é uma lição a ser seguida, vivida e aplicada, deixemos o futuro pra depois.

17 de agosto de 2008

E essa minha capacidade de me entregar tanto me incomoda demasiadamente hoje.
Sim, esse meu negócio meio doido de ficar analisando as coisas interminavelmente, e o fato de me entregar tanto a uma ilusão, criando uma espécie de escudo tão forte que mesmo a realidade mais dura bate e volta. Não sinto dor em nada além dessa ilusão besta.
Mas as outras pessoas ficam pasmas, aquelas que me conhecem bem pra saber que aquilo deveria me estilhaçar em mil pedaços, mas não o suficiente pra entender porque ao invés de chorar e me descabelar, no meio da festa eu estava simplesmente parada olhando as pessoas dançando na pista, com minha cerveja na mão e a serenidade na outra.
E então eu finjo abatimento e dor, e tristeza. A tristeza não preciso fingir, pois estou lá parada na festa, como uma idiota, e ao invés de sofrer pelo óbvio, sofro por não sofrer pelo óbvio, e por sofrer por algo que só existe na minha mente.
Como posso continuar vivendo assim? Me agarrando as minhas próprias ilusões, me envolvendo com tudo que é mais complicado, tomando tanto café e não fazendo exercícios?
Que espécie de pessoa eu me tornarei?
Aquelas que vivem de novelas, que se identificam com os personagens ridículos, que não tem vida própria. Aquelas pessoas que passam todo o tempo cuidando dos parentes, as tias, as eternas tias...
Os anos passam e ainda assim as palavras não vem, tudo muda e mesmo assim essa "coisa" pela qual eu tanto anseio parece apenas se afastar de mim.
Ontem foi uma noite boa e terrível, aleatóriamente.
Eu dancei, eu sofri, eu dei risada, eu ansiei, eu bebi, eu desisti...
E mesmo assim, após tudo isso, estou aqui ainda, em pé, acreditando, escrevendo, sonhando...
As vezes acho que sou feita de um material estranho, como aquele carinha que quer matar o Schwarzenegger e o garotinho do Exterminador do Futuro. Pois mesmo quando to na merda, mesmo quando to no céu, sempre tendo a voltar a essa estranha condição de inércia.

14 de agosto de 2008

Sickness

Anestesiei minha alma, assim não sofro mais por quem não quer meu sofrimento.
Cortei com o bisturi as dores e as preocupações, sai do msn por um dia, sai do orkut por um dia, não quis falar com ninguém por um dia.
Abri meu coração ferido com delicadeza, extrai de lá o ultimo resquício de esperança pra mim, aquele que eu tinha guardado tão fundo, que ignorei por tanto tempo, que estava novamente se mostrando, e como um câncer me consumindo.
Arranquei-o de mim com um golpe de razão.
Costurei de volta alguns pedacinhos de felicidade e amor, que são os amigos que tenho e que amo, razão pela qual ainda estou aqui.
Cirurgia bem sucedida joguei aquele amor antigo pela janela, assisti a queda, o vi acabar em dor fitando-me morrendo com um sorriso sarcástico.
Voltei pra minha cama, repouso absoluto, sem msn, sem orkut, sem nada que me lembre aquela doença silenciosa que se manifestou assim, tão derrepente.
Me sinto como qualquer um em um quarto de hospital, a cama é dura demais, o travesseiro macio demais, a comida não tem gosto e todos te visitam com semblante de bom samaritano, perguntam como você está, desejam melhoras e te me deixam novamente sozinha. Me sinto só.
Entro no msn, entro no orkut...
Vejo você, e toda a esperança renasce no meu peito, com seu sorriso sarcástico, vencendo despudoradamente todas minhas barreiras.
Não me resta nada a não ser aceitar essa doença, que me consome, que me limita, e que mesmo assim é o que me trás a sensação de existir.

7 de agosto de 2008

Eu e meu DDA

Mudanças repentinas de humor, indo da mais completa alegria ao mais desesperador estado de angustia e revolta do nada, mania de pensar o tempo todo, pensamentos quase nunca relacionados ao que estou fazendo, ou ainda o fato de estar analisando tudo como se eu fosse uma mera espectadora, enquanto outras pessoas vivem suas vidas eu penso na vida, e, depois de muito pensar eu vivo.
Insegurança absoluta sobre tudo, mas tudo mesmo, mania de desconfiar até das coisas mais simples, questionando todas as pequenas coisinhas entre as maiores coisinhas que fazem com que nunca me falte assuntos pra pensar.
Síndrome dos pés inquietos, ter que balançar alguma parte do corpo o tempo todo, mesmo pra dormir, e demorar muito tempo pra dormir devido à sempre ter algo interessante demais pra pensar pra perder tempo dormindo.
Dificuldade pra prestar atenção nas aulas, por estar pensando em outra coisa (pra variar), ou por já ter entendido o que o professor falou antes mesmo de terminar a explicação, ou ainda por achar que aquilo tudo não passa de uma grande perda de tempo.
Procrastinar os trabalhos até o ultimo dia possível, e então me matar pra fazer o que podia ter feito com dias de antecedência.
Não entender como todas as pessoas conseguem viver uma vidinha tão feliz e contente, imersas em simplicidade, enquanto eu vivo submersa em duvidas, conceitos, mudanças incertezas, problemas, incapacidades, mediocridade e tudo mais que os outros parecem ignorar ou aceitar.
O fato de não conseguir organizar nada, absolutamente nada.
Nada me faz criar interesse, quando penso no futuro, simplesmente não me vem nada em mente, e não consigo me imaginar fazendo todo dia a mesma coisa, nem se fosse à coisa mais incrível do mundo.

Mas o pior de tudo isso são as pessoas que não compreendem isso, que encaram meu jeito de ser como uma afronta a elas, como se eu vivesse particularmente pra isso, meu objetivo de vida é ser miserável e triste pra atingir meus entes queridos.
Pessoas que não tem vida, que fodem suas vidas e depois querem descontar sua frustração na minha já frustrante existência.
Eu não me importo com o que ninguém pensa de mim.
Já não me magoa o fato de eu estar sozinha nessa...
Mas me irrita e muito o fato de ninguém ajudar e ainda assim se sentir no direito de se intrometer, de encher meu saco, sem propriedade nenhuma.
Preciso ganhar na mega sena...

4 de agosto de 2008

Dias loucos porem necessários.
Aceito hoje que tenho alguns vícios.
Que tenho amigos verdadeiros
Que amo viver intensamente.
Que não sou uma pessoa inexpressiva, não nasci pra assistir a vida, sou muito boa vivendo.
Que as melhores coisas às vezes são as que pensamos piores, são essas tijoladas na cara que nos fazem acordar pro que há de bom.
Que mesmo as pessoas que consideramos caretas podem te surpreender após um vinho barato
Que você mesmo pode se surpreender ao trocar idéias em outras línguas fluentemente do nada.
Que é bom tomar banho de chuva.
Que é ótimo ouvir Morrissey bêbada.
Que se permitir morrer de tédio faz com que renasça mais força no seu coração.
Que estranhamente voltamos às mesmas pessoas que amamos sem querer.
Que ser velho precoce não implica não viver a vida, implica conhecer o que te faz feliz...

30 de julho de 2008

Tempo

Espero a hora da chegada, como o avesso da partida, e a alegria de um encontro, o espelho de uma despedida...
E o que dizer do sol, que brilha a meia noite, e a estrela da escuridão de um meio dia.
Eu digo o oposto do que sinto, pra que de uma vez vc entenda que nunca em minha vida eu cheguei a te amar.
O tempo vai fazer com que eu me esqueça de vc comigo aqui.

Nei Van Soria.

25 de julho de 2008

Creep

When you were here before
Couldn't look you in the eye
You're just like an angel
Your skin makes me cry
You float like a feather
In a beautiful world
I wish I was special
You're so fucking special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

I don't care if it hurts
I want to have control
I want a perfect body
I want a perfect soul
I want you to notice
When I'm not around
You're so fucking special
I wish I was special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

She's running out again
She's running out
She run, run, run, run
Run.

Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so fucking special
I wish I was special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here
I don't belong here.

Radiohead.

Essa música é maravilhosa. Triste, como eu agora.

22 de julho de 2008

Lv?

Ando numa encruzilhada, entre falar ou não, fazer ou não.
Tinha tomado esta decisão: parar de tentar ser algo que de fato não sou.
Eu não recrimino as pessoas de atitude romântica, que adoram os mistérios que envolvem o ato da trova, os questionamentos, os sinais que devem ser interpretados minuciosamente... Acho isso tudo muito legal, mas não é pra mim.
Ah não, eu prefiro os mistérios de conhecer a pessoa depois da confirmação do interesse recíproco, gosto de ouvir, gosto de conhecer as manias, os medos, os desejos, mas quando tenho certa segurança de que não estou perdendo meu tempo ali.
Agora novamente me encontro nesse dilema romântico, onde aparentemente tenho que demonstrar algum interesse correndo risco de magoar algumas pessoas, me magoar e nada dar certo.
Como falei mais cedo com um amigo, seria muito mais fácil se as pessoas fossem diretas.
Enfim, acho que vou tomar a atitude que mais me ajudou ate agora, sentar e esperar a vontade passar.

18 de julho de 2008

Aff

Olho pra minha mediocridade e, por ser medíocre não consigo nem ao menos chorar.
Perdi ate a capacidade de me indignar comigo mesma.
Como pude pensar que alguma coisa de fato haveria de acontecer na minha vida.
Fernando Pessoa que o diga, pois apesar de ser nada, nunca ter sido nada e jamais vir a ser algo, assim como ele também guardo em mim todos os sonhos do mundo.
O que nos diferencia é que ele simplesmente era um gênio, e fazia com as palavras milagres. Eu, de fato, apenas me contento em não ser nada, porem tenho o sonho de ser algo, mesmo sonho que me leva a cometer os maiores erros, há magoar as pessoas que eu mais amo, e principalmente passar a gilete novamente sobre a mesma ferida que abri semana passada, esperando que assim algo dentro de mim saia, essa coisa que me impede de aceitar minha miséria interior, e de espaço para algo sublime, algo verdadeiramente brilhante o suficiente pra fazer com que eu pare de repelir qualquer coisa de meu agrado, e talvez até atraia algo de bom pra perto de mim.
Como posso eu querer me comparar com qualquer um?
Se esta sempre chovendo em meus dias, enquanto vejo apenas o sol brilhante nas cabeças alheias.
Não posso mais dormir, nem comer, nem viver.
Posso apenas esperar que a vida passe lenta e torturante por mim, ou que alguma doença seja rápida o suficiente pra me levar com dignidade.
Simplesmente não vejo outra saída.
Admiro as pessoas de mente limitada e pensamento narcisista.
Queria eu ter a capacidade de, mesmo ciente da minha limitação mental, não cobiçar as mentes que tenho a estranha capacidade de admirar.
Pior que ser burro, é ter noção da burrice, e pior que tudo isso é invejar a inteligência alheia, sabendo que lá estão tantas coisas lindas e maravilhosas, como a mansão que vemos pelo lado de fora da cerca, antes de voltar tristemente aos nossos barracos.
Podem me chamar de pessimista, pode me falar que atraio coisas ruins com minhas atitudes, mas digo que a única coisa que consegui tendo pensamentos felizes e planejamentos ridículos foram expectativas falhas e desilusão.
Desilusão
Ai esta a palavra que norteia minha vida.
E assim termino o texto, ainda com indignação suficiente pra largá-lo assim, sem um final que preste, pois esse também esta alem da minha capacidade.

12 de julho de 2008

Adios muchachos.

To largando por uns tempos, to cansada, cada dia que passa as coisas ficam mais complicadas pra mim.
Sentimentos...
Sempre quis arrancar de mim, nunca consegui.
Só sei que ta tudo uma merda.
E a tendência é piorar.
Acabou a fase Stê positiva, estou de volta.

4 de julho de 2008

Férias

Finalmente acabaram as aulas, que esse semestre foram uma merdaaaa, não simplesmente pelas matérias mais por vários motivos que levaram esse semestre a ser uma daquelas passagens negras da vida de alguém.
Espero que tenha ficado pra trás. Pensamento positivo.
Bem, mas houve coisas boas também: O único motivo pelo qual resolvi cursar faculdade de Direito, o DIREITO PENAL.
Finalmente comecei a estudá-lo e como estou amando.
É maravilhoso!!!!
E ainda mais com os professores muito legais que tive, e constatei já, que todo professor que gosta de penal é mais legal. Prof. Andréia, Marcelo, Falconi, Hamilton, Patrícia... E os professores que ainda não tive como o Adalberto, que parece ser muito legal também.
Direito Penal é o que há. E to analisando realmente a possibilidade de fazer concurso pra perita criminal. Acho que é ali que vou me sentir bem.
Mas isso é história pra daqui uns anos.

25 de junho de 2008

Sonho

A liberdade de pensamento, a habilidade de sintetizar isso de maneira que não doa, e que possa ser passado adiante.
A arte de se manter inocente, mesmo analisando criticamente toda a maldade espalhada pelo mundo.
A simplicidade de ver as coisas ao redor.
O preenchimento que apenas um ato de bondade desvinculado de qualquer interesse proporciona.
A capacidade de sonhar.
O sonho mais perfeito.

24 de junho de 2008

Poeminha


Nós fazemos o que queremos
Não há regras
Não tem limite
Nossa angustia
O que está escrito
Pode ser apagado
O que é promessa
Não passa de passado
O que eu faço aqui
Não farei novamente
Esta e a última chance
De me ver como sou agora
Pois depois é futuro
E o que fui antes
Não sou mais
Nem agora serei
Outra senão o passado visto
Pela janela da consciência.

20 de junho de 2008

Coisas simples da vida

Quero viajar, quero conhecer lugares novos, me aventurar por ai, ver tudo que temos ao nosso dispor nesse país lindo.
Se meus planos derem certo no verão to largando pra longe daqui. Tomara que eu consiga.
To tentando implantar um pensamento mais simplista da vida no meu cotidiano, e reparei ao fazê-lo de tantas coisas desnecessárias que fazemos e nos preocupamos em ter, e quantos momentos lindos passam despercebidos pelas horas corridas que vivemos.
Como quando eu vejo um filme triste e passo o resto do dia feliz por ter saúde, por ter um namorado, por ter uma casa qualquer coisa dessas que fazem toda a diferença, mas que em geral nós nem ligamos, normalmente fico desesperada por não ter uma sombra linda que custa muito caro que nem reparo em como sou feliz por poder enxergar, reclamo que estou obesa enquanto muitas pessoas morrem de fome, outras morrem em decorrência da obesidade verdadeira, enfim...
Então comecei a reparar em tudo ao meu redor, desde as menores plantinhas ate o sol que sempre foi meu inimigo, e que agora vejo como é lindo, por propicia que tudo o resto tenha vida.
Continuo tentando mudar, melhorar e evoluir. E a cada passo que dou tenho certeza que estou no caminho certo.
Talvez o desapego de todas as coisas desnecessárias seja o que necessito pra ser verdadeiramente completa.

17 de junho de 2008


O quanto é difícil aceitar o que realmente somos, não sei se sou apenas eu, mas estou constantemente me criticando por algum comportamento, algum pensamento, alguma vontade... Mesmo eu sendo uma pessoa assumidamente passional, ainda assim me questiono mil vezes antes de tomar uma atitude que me faria feliz.
Porque escolho simplesmente não fazer????
Se eu fizer o que desejo ou não de qualquer maneira as pessoas que convivem comigo vão me criticar, pois é só isso que elas fazem em relação à Stefânia.
Já me acostumei com o fato de que sou uma pessoa tendenciosamente triste, e tendenciosamente cética em relação a qualquer coisa, mas isso não é uma desculpa pra ficar parada chorando as magoas.
Existe um buraco dentro de mim que cada vez fica maior e eu não sei o que fazer sobre isso.

Estou apaixonada por Nick Drake, simplesmente apaixonada e não consigo parar de ouvi-lo, simplesmente perfeito.
Se existe uma música para cada pessoa a minha é Northern Sky, a letra maravilhosa e a voz perfeita do Nick...

5 de junho de 2008

Indignação

Como as pessoas conseguem ser tão ridículas? Será que eu que tenho problemas mentais por ser diferente? To cansada dessas criaturas falsas, que ficam evidentemente tentando chamar a atenção, se acham melhor que todo o resto do planeta e não enxergam que são iludidas. Tenho pavor de pessoas efusivas, pessoas que falam alto demais, que gargalham demais, que não sabem a hora de parar de falar, que querem ser parte da galera e pra isso fazem intrigas, promovem “eventos”, convidam todo mundo pra o resto da população ver como elas são legais e populares.
Ninguém se importa na verdade, se suportam e na primeira oportunidade passam a rasteira, sacodem a poeira e vão puxar o saco de outro panaca.
Mas deve ser meu desajuste social que faz com que eu simplesmente não consiga não reparar no comportamento alheio, e mesmo depois de todo esse tempo algumas pessoas ainda conseguem me surpreender com atitudes que não esperava de uma criança de cinco anos de idade.
Na verdade eu era mais preocupada com isso anteriormente, agora na maior parte do tempo eu ignoro as pessoas que não me interessam, até pelo fato de eu não me importar nem um pouco com grande parte das pessoas com as quais sou obrigada a conviver diariamente, mas às vezes a histeria é tão grande que não tem como passar despercebido.
Colonada desgraçada. Ninguém merece.

31 de maio de 2008

I m not ready for this sort of thing




With the status of my emotions
Oh, she says, were changing.
But were always changing
It does not bother me to say this isnt love
Because if you dont want to talk about it then it isnt love
And I guess Im going to have to live that
But, Im sure theres something in a shade of gray
Or something in between
And I can always change my name if thats what you mean

Anna Begins - Counting Crows

30 de maio de 2008

Felicidade

A vida tem apenas um objetivo, na minha humilde e constantemente errônea concepção: A inalcançável FELICIDADE.
Se me perguntassem a momentos atrás o que tenho por felicidade diria que é dinheiro no bolso, um emprego que eu ame (no caso seria “trabalhar” com criminosos doentes mentais), uma casa no lago, uma Range Rover (sim sim eu viajo, mas é um sonho ok?), a Triny minha filhota e o futuro namorado o Neo (que ainda n existe, mas pretendo adquiri-lo) correndo dentro da minha rústica residência confortável e quentinha numa noite de inverno, onde meu moreno, lindo e sexy companheiro estará me esperando com um belo jantar e um cálice de vinho, ouvindo Legião Urbana, meus futuros gatinhos correndo de um lado pro outro, e a certeza que poderia morrer exatamente nesse momento e morreria feliz.
Tudo maravilhoso não fosse pelo fato que isso é um ideal.
Provavelmente se essa cena se tornasse realidade eu estaria com dor de cabeça, reclamando do barulho dos bichinhos, pensando porque moro com um homem tão perfeito, e procurando um motivo pra brigar com ele, pois nós seres humanos nunca estamos contentes com nada, essa nossa busca desenfreada pela suposta felicidade na verdade é um pretexto pra outra coisa: nossa busca pela perfeição.
Queremos ter tudo, tudo, e não sabemos que a felicidade verdadeira não vem com a perfeição, vem em momentos onde baixamos nossa guarda e deixamos ela entrar, seja brincando com aquele seu primo que você adora relembrando o tempo dos Cavaleiros do Zodíaco na manchete, seja quando você não vê alguém que gosta faz muito tempo e vê que as pessoas mudam, mas continuam amigas, ou quando a aula esta um saco e o professor solta uma piadinha bagaceira. Ali você esta sendo feliz de verdade, porque todo o resto são desculpas.
Temos que aprender a procurar este tipo de felicidade, tão simples que passamos por ela todo dia e nem ao menos nos damos conta.
A curta felicidade nas pequenas coisas.

29 de maio de 2008

Maldita coluna.

Hoje vou “viajar” pra Passo Fundo, no médico, ver se terei que operar pela quinta vez a minha maldita coluna.
Vou usar todos os argumentos possíveis pra provar pro médico que se você opera e o cisto volta em menos de meio ano, a dor continua e a única coisa que de fato melhora é a conta corrente dele e do hospital não estamos falando de um bom negócio pra mim.
Essa dor já esta presente há tantos anos que de fato me habituei a ela, quando não esta tão inflamado é como se fosse parte de mim.
Espero me livrar dessa, não quero passar as férias em casa jogando playstation de novo.